Refinaria pernambucana produziu 410 mil toneladas de bunker em 2024, mais que o dobro do recorde anterior, em 2023, quando atingiu 201 mil toneladas
Publicado em 22/01/2025 às 15:12
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Em 2024, ano em que completou 10 anos de sua instalação em Pernambuco, a Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Ipojuca, registrou recorde na produção de bunker. O combustível é utilizado para abastecer navios, sobretudo de grande porte, como petroleiros e porta contêineres. Segundo a Petrobras, a produção de bunker na Rnest foi de 410 mil toneladas.
O volume foi mais que o dobro do recorde anterior, registrando em 2023, quando a produção chegou a 201 mil toneladas. O bunker faz parte do portólio de produtos da Abreu e Lima, que tem no óleo diesel S-10 (com menor teor de enxofre) seu principal produto (70%). Os demais derivados são nafta, óleo combustível, coque e GLP (Gás liquefeito de petróleo).
NOVOS MERCADOS
O gerente geral da RNEST, Márcio Maia, explica que o produto tem uma demanda relevante tanto no mercado nacional quanto internacional e este aumento de produção permite a captura de novos mercados e, consequentemente, o aumento de receita. “A previsão é de mantermos um patamar de produção similar nos próximos anos. Estamos trabalhando para sempre melhorar nosso desempenho”, afirma.
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Ainda segundo o gerente geral da refinaria, “A Rnest tem uma importância estratégica no abastecimento de navios e uma vantagem competitiva muito forte, pois está interligada, via duto, ao Porto de Suape, o que nos dá agilidade também para escoar a produção”, destaca Márcio Maia.
PETRÓLEO DO PRÉ-SAL
Em todo o Sistema Petrobras, o volume de petróleo processado oriundo do Pré-Sal também foi histórico, chegando a 70% do total processado pela Petrobras, superando o dado registrado em 2023, quando a média anual havia atingido 66%.
Já o Fator de Utilização das Refinarias (FUT) anual atingiu 93,2%, ante 92% realizado em 2023. O cálculo do FUT leva em consideração o volume de carga de petróleo processado e a capacidade de referência das refinarias, dentro dos limites de projeto dos ativos, dos requisitos de segurança, de meio ambiente e de qualidade dos derivados produzidos.
A Petrobras comemora que a “confiabilidade e a disponibilidade das plantas de refino foram fundamentais para a performance realizada, com a indicação de maior utilização das refinarias pelo planejamento integrado do segmento Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC) da companhia”.
REDUÇÃO DAS EMISSÕES
Ainda segundo a Petrobras, em 2024 o parque de refino da empresa alcançou a menor intensidade de emissões de gases de efeito estufa da série histórica, cujas medições tiveram início em 2019. A companhia registrou 36,1 KgCO2 por carga equivalente, evitando a queima de 475 mil m³/dia de gás natural e a emissão de 365 mil toneladas de CO2. Esse volume representa a retirada de circulação de mais de 6 mil ônibus urbanos movidos a diesel ou mais de 60 mil carros movidos a gasolina.
INVESTIMENTO EM REFINO
O atual Plano de Negócios da Petrobras prevê, até 2029, US$ 19,6 bilhões em investimentos no segmento de Refino, Transporte, Comercialização, Petroquímica e Fertilizantes (RTC), representando um aumento de 17% em relação ao plano anterior.
“Estamos aprimorando o parque de refino, investindo em modernização e aumentando a capacidade de produção. A Petrobras está focada na eficiência, segurança e operacionalização rentável dos ativos. Os investimentos que fazemos no refino são condição para o desempenho global das refinarias”, afirma o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.