“O show deve continuar”, escreveu o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, em artigo publicado nesta terça-feira (21) na revista Variety. Ele se refere aos eventos da atual temporada de premiações de cinema, como o Oscar, que sofreram uma série de adiamentos a partir dos incêndios florestais que queimaram mais de 16 mil hectares e deixaram 27 mortos em Los Angeles, no sul do estado americano da Califórnia.
O executivo defendeu, porém, mais que o glamour dos artistas, essas festas são essenciais para a economia local e para empresas da região. “Esses eventos são uma fonte de renda para centenas de pessoas, muitas das quais foram pessoalmente impactadas pelos incêndios”, afirma ele, que é contrário à ideia de cancelar os eventos ou transformá-los em ações beneficentes.
“Esses eventos lotam quartos de hotel, lotam restaurantes locais e criam demanda por inúmeros empregos, apoiando uma ampla amostra representativa de californianos, particularmente os de Los Angeles”, afirma Sarandos, dizendo que a Netflix chegou a cancelar algumas de suas estreias.
“Mas cada evento cancelado, cada premiação adiada, tem um custo, criando inadvertidamente mais dificuldades econômicas para uma população que já está sofrendo com os desafios da Covid, greves prolongadas e agora esses incêndios devastadores.”
Ele sugere ainda que os eventos devem ser uma oportunidade para celebrar figuras como bombeiros, socorristas e voluntários que ajudam no controle da tragédia.