Javier Milei não esclareceu se pretende negociar esse acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do bloco do Mercosul
Publicado em 22/01/2025 às 20:08
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O presidente argentino, Javier Milei, afirmou nesta quarta-feira (22) que está disposto a retirar a Argentina do Mercosul, o bloco comercial que reúne cinco países sul-americanos, caso isso seja necessário para concluir um acordo de livre comércio com os Estados Unidos.
“Se a condição extrema fosse essa, sim”, respondeu o chefe de Estado quando questionado sobre a possibilidade de a Argentina deixar o Mercosul para firmar um acordo com Washington.
As declarações de Milei ocorreram durante um evento organizado pela agência Bloomberg, à margem do Fórum Econômico Mundial, realizado esta semana na cidade suíça de Davos.
O líder ultraliberal argentino anunciou em dezembro que pretende impulsionar um tratado de livre comércio com Washington em 2025, ano em que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA.
“Estamos trabalhando muito intensamente na possibilidade de negociar um tratado de livre comércio” com os EUA, afirmou Milei, dois dias após ter participado da cerimônia de posse de Trump, seu aliado político.
Milei não esclareceu se pretende negociar esse acordo de forma independente ou em conjunto com os parceiros do Mercosul, que teoricamente proíbe negociações bilaterais sem o consentimento dos outros membros do bloco.
As discussões entre o Uruguai e a China em 2022 geraram oposição dos demais membros do Mercosul.
“Digamos que há mecanismos pelos quais é possível fazer isso permanecendo dentro do Mercosul”, afirmou Milei.
“Portanto, acreditamos que é possível alcançar esse objetivo sem ter que abandonar o que já se tem no âmbito do Mercosul”, acrescentou.
O presidente argentino garantiu que está trabalhando com os países do bloco “para que isso não seja um impedimento para avançar em direção ao livre comércio”.
O Mercosul foi criado em 1991 e inclui Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e, desde 2023, a Bolívia. A Venezuela foi suspensa em 2016.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou em dezembro a conclusão das negociações para um acordo entre a União Europeia e o Mercosul, que ainda precisa ser ratificado.
No entanto, diversos países, incluindo a França, não estão satisfeitos com o acordo. A França busca reunir outros países europeus para bloquear sua ratificação.